Vilartão

Cruzeiro de Vilartão com o Solar dos Morgados ao fundo, freguesia de Bouçoães.Situada a 661 metros de altitude, Vilartão é uma das aldeias que constituem a freguesia de Bouçoães. Até 1853, era uma das freguesias que constituíam o antigo concelho de Monforte de Rio Livre. Com a extinção deste concelho naquele ano, foi integrada como uma das aldeias que passaram a constituir a freguesia de Bouçoães, pertencente desde então ao concelho de Valpaços.

De acordo com a Infopédia, o topónimo "Vilartão" é de origem latina e significa "a quinta de Atão", o que pode querer dizer que as origens de Vilartão situam-se numa quinta agrícola que existia naquela zona, e que seria pertença de algum proprietário romano chamado "Atão". Contudo, há também quem sustente que o topónimo "Vilartão" seja claramente de origem germânica.

Devido à sua maior altitude em relação às restantes povoações da freguesia, Vilartão dispõe de condições climatéricas favoráveis para a produção de castanhas.

Para ir até à aldeia de Vilartão, deve-se seguir pela Estrada Nacional 103, no sentido Bragança - Chaves, e após passar por Lampaça, deve-se virar na 1.ª estrada municipal à direita que conduz a Vilartão. A estrada para Vilartão fica a seguir ao cruzamento para Tortomil, no sentido Bragança - Chaves.

Para ver mais imagens da aldeia de Vilartão, por favor visite esta página com imagens de Vilartão.

O código postal da aldeia de Vilartão é o seguinte:

Vilartão
5430-047 Bouçoães - Valpaços


Solar dos Morgados

Solar dos Morgados, situado na aldeia de Vilartão, freguesia de BouçoãesDo património da aldeia de Vilartão, destaca-se o Solar dos Morgados. Trata-se de um solar brasonado, que abre as suas portas à população uma vez por ano, numa tradição que consiste em colocar à disposição de toda a gente carne, pão e vinho.

Extraído de Valpaços on line
Consultado em 18 de Junho de 2010


Álvaro de Morais Soares

Trata-se de um ilustre transmontano que nasceu em Vilartão, tendo pertencido à família do Morgado de Vilartão, a quem pertencia o já referido Solar dos Morgados.

Álvaro de Morais Soares seguiu a carreira militar e chegou ao posto de coronel. Participou na Guerra Peninsular, distinguindo-se, juntamente com o irmão, coronel Eusébio de Morais Soares, no ataque à vila espanhola de Puebla de Sanábria (situada a norte de Bragança), em 1810. Morreu em 11 de Agosto de 1812 num combate contra os franceses, na vila de Majadahonda, nos arredores de Madrid.

Baseado neste artigo
Consultado em 20 de Junho de 2010


Armando Eusébio de Morais Soares

Fotografia de Armando Eusébio de Morais Soares, na capa de um livro sobre a sua vida.Nasceu em Vilartão, concelho de Valpaços, em 11 de Março de 1902. Instalado na "República Transmontana" em Coimbra, onde se licencia em Medicina em 1928. Em Coimbra, distinguiu-se pela muita solidariedade e ajuda aos que precisavam.

Filho de uma família abastada, regressa ao torrão natal encetando uma longa vida de apostolado filantropo e humanitário, exercendo a medicina gratuita, sem nunca ter cobrado um centavo aos seus pacientes, embora tivesse, muitas vezes, de se deslocar aos domicílios, primeiro a pé e a cavalo e depois de automóvel. Ia, de noite e de dia, correndo riscos, por uma vasta área, num raio de 30 quilómetros, até Sendim, Rebordelo (Vinhais), Aguieiras, Vilar de Ouro (Mirandela), Cimo de Vila da Castanheira (Chaves), Santa Valha e Sonim (Valpaços). Foi apelidado de "último Doutor João Semana", porque para além de servir gratuitamente ricos e pobres, ainda dava medicamentos aos mais necessitados.

A sua grande amizade, desde Coimbra, com Gonçalves Rapazote, leva-o a gozar de uma imunidade que lhe permitiu albergar, em sua casa, republicanos espanhóis que fugiam dos franquistas durante a Guerra Civil de Espanha, e de muitos comunistas portugueses, durante a ditadura de Oliveira Salazar, quando se sentiam acossados pela PIDE. Paradoxalmente, após o 25 de Abril de 1974, é o mesmo Gonçalves Rapazote, ex-Ministro do Interior, fugido aos "desmandos revolucionários", que lhe pede refúgio. Obviamente, um coração tão grande e tão generoso, não podia negar a protecção do seu maior amigo, que lhe aparece, sem passaporte e sem dinheiro. Conduziu-o à Fronteira de Travancas/Arsádicos.

Foi Presidente da Câmara Municipal de Valpaços e em 10 de Outubro de 1990, o Presidente deste município, Francisco Tavares, promoveu-lhe sentida e justa homenagem, entregando-lhe a Medalha de Prata Municipal.

Faleceu no dia 22 de Março de 1998.

Baseado neste artigo e neste
Consultados em 20 de Junho de 2010


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